Apresentação

O presente espaço visa a divulgação, discução e difusão das produções artísticas elaboradas pelos integrantes do blogger. A facilitação do contato com o universo da Arte rompe fronteiras ao tempo que une culturas, artistas e admiradores da Arte, em suas diversas linguagens. Os conteúdos postados- produções e textos- servirão de base para uma maior fruição e reflexão sobre a Arte de um modo geral. A continuidade do fazer artístico como forma de crescimento individual e coletivo, do próprio blogger e seus visitantes.

domingo, 30 de novembro de 2014

LAPA – História e Arte no PARANÁ

      No dia 15 de outubro de 2014, as turmas do 2º e 4º anos do Curso de Licenciatura em Artes Visuais tiveram o privilégio de realizar viagem de estudos ao município paranaense da Lapa, cidade de notável importância no cenário histórico, artístico, político e cultural brasileiro.
         Com origem ligada ao tropeirismo, a Lapa é uma das cidades mais antigas do Estado do Paraná e mantém seu Centro Histórico com características originais. As ruas de paralelepípedos, as réplicas de luminárias antigas e construções em estilo colonial português dos séculos XVIII e XIX encantam os visitantes. Nas ruas e nas casas estão vivas as memórias de um episódio que marcou a trajetória política brasileira e que ficou conhecido como Cerco da Lapa.
A cidade nasceu fruto do caminho das tropas, rota que vinha do Rio Grande do Sul, mais especificamente da cidade de Viamão, com destino a Sorocaba, em São Paulo, para venda e comércio, em sua maioria, de animais. Ao longo deste caminho foram se estabelecendo vários “pousos” ou “invernadas”, locais apropriados para a engorda do gado antes de prosseguir viagem. Esses fatores, fundamentais para o povoamento, atraíram os primeiros habitantes da Lapa - João Pereira Braga e sua mulher e Josefa Gonçalves da Silva. A presença, na margem do Rio Iguaçu, do Registro de Curitiba – posto construído para cobrança de direitos sobre a passagem de animais – fazia com que os tropeiros permanecessem mais tempo, criando condições para o início do povoamento.
Após a Proclamação da República, em 1889, surgiram desavenças em vários pontos do país, a exemplo de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O Marechal Deodoro renunciou e o vice-presidente, Marechal Floriano Peixoto, ocupou seu lugar, acreditando que essas desavenças nas diferentes províncias cessariam naturalmente, o que não aconteceu. A insurreição iniciou-se no Rio Grande do Sul, quando revolucionários federalistas, seguidores de Silveira Martins, incitam uma guerra contra o governo de Floriano Peixoto. Para contê-la, uniram-se os republicanos, liderados por Júlio de Castilhos e, por esse motivo, chamados “castilhistas”. Não havia uma causa incontestável para a revolução, mas três possibilidades: críticos do regime republicano, que ansiavam pela volta da monarquia; partidários do regime republicano, mas que queriam outro líder, que não Floriano Peixoto, e aqueles que eram a favor de outras formas de governo, menos centralizadas, como o presidencialismo moderado ou o parlamentarismo republicano. Gumercindo Saraiva, posterior líder da Revolta que sitiou a Lapa, participou das primeiras batalhas contra os castilhistas, em 1893, no Rio Grande do Sul. De lá, ele e suas tropas partiram para Santa Catarina e Paraná. Essa rota era obrigatória para atingir a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro. Estava instaurada a guerra entre “maragatos”, federalistas contrários ao governo, e “pica-paus”, os republicanos. Os federalistas receberam tal denominação porque parte deles era oriunda de Maragateria, na Espanha. Já os pica-paus eram assim chamados pela semelhança de sua vestimenta, com divisas brancas e boné vermelho, com a plumagem do pássaro.
Diante da constatação de que seria impossível a pacificação no Sul, o Marechal Floriano Peixoto enviou Francisco de Paula Argolo para comandar o 5º Distrito Militar. Em outubro de 1893, o general Argolo reuniu uma força expedicionária em Curitiba e seguiu para a Lapa, onde foi recebido por Joaquim Lacerda. Além da Lapa, havia tropas de resistência republicana em Paranaguá e Tijucas. As cidades de Tijucas e Paranaguá não resistiram aos invasores e restou à Lapa conter o avanço dos federalistas. No dia 02 de dezembro, o General Argolo passou o comando ao Coronel Antônio Ernesto Gomes Carneiro. 
No dia 14 de janeiro de 1894 foram avistadas na estrada de ferro as forças atacantes, com aproximadamente 1.200 homens. Em 17 de janeiro tiveram início os ataques à cidade, que resistiu bravamente por 26 dias, com um exército de 900 homens. A Lapa ficou sitiada, sem comunicação com o exterior e sem possibilidade de fuga, já que as estradas de ferro e de rodagem estavam interceptadas. Faltava comida, água e os cadáveres em decomposição exalavam mau cheiro. Mesmo assim e apesar das notícias de que os revoltosos tinham tomado outras cidades do Paraná, Gomes Carneiro não aceitou conversar com qualquer emissário a respeito da rendição. A capitulação somente ocorreu no dia 11 de fevereiro, dois dias após a morte do General, que fora gravemente ferido durante combate. Em seu leito de morte, repete: “Resistência, resistência... Resistamos camaradas, porque nós, soldados, não temos direitos, mas apenas deveres a cumprir, e os deveres de um soldado resumem-se em um único, queimar o último cartucho e depois morrer”.
Os dias em que as tropas republicanas resistiram foram o suficiente para que o Marechal Floriano Peixoto guarnecesse a cidade de Itararé, em São Paulo, e preparasse a defesa para impedir o avanço de Gumercindo Saraiva em direção ao Rio de Janeiro. Os restos mortais desses guerreiros, entre eles do General Gomes Carneiro, estão depositados no “Panteon dos Heroes”, um dos símbolos da Lapa e mais importante monumento cívico do Paraná.
            O Cerco da Lapa contribuiu na fortificação e reestruturação da cidade de Curitiba, que também foi alvo deste conflito sangrento. Figura de vital relevo foi o Barão do Serro Azul (grafia original), que se viu na delicada posição de anfitrião forçado dos Maragatos. Para contar essa passagem da história, em 2003 foi lançado o filme O Preço da Paz, dirigido por Paulo Morelli e com roteiro de Walter Negrão, baseado no livro de Túlio Vargas. A produção retrata um dos momentos mais importantes da história do Brasil, a Revolução Federalista e as suas consequências quando em terras paranaenses, principalmente na capital, Curitiba. No Festival de Gramado 2003 (Brasil), o filme venceu nas categorias de melhor montagem, melhor direção de arte e prêmio do Júri Popular, e na Mostra de Cinema de Tiradentes 2004 (Brasil) ganhou o Troféu Barroco na categoria de melhor longa-metragem no Prêmio do Júri Popular. Em seu elenco artistas de renome: Lima Duarte (Gumercindo Saraiva); Herson Capri (Barão do Serro Azul); Giulia Gam (Baronesa do Serro Azul); José de Abreu (Cezário); Camila Pitanga (Anésia); Danton Mello (Daniel); Alexandre Nero (Alferes Pimentel).
            Quem vem ao Paraná deve conhecer a história destes heróis da Pátria, que lutaram por uma causa em que acreditavam. Na Lapa verão o palco de uma luta de um povo e sentirão, em suas ruas, uma parte da história desta grande gente do Paraná.
 Referências
http://pt.wikipedia.org/wiki/O_Pre%C3%A7o_da_Paz

Autoria de Alana Águida Berti e Andréa Varassin Caldas

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

"Arte e Dinheiro" Produção artística que discute essa relação


A produção artística de Patrícia Silva de Oliveira, Andréa Varassim Caldas e Alana Aguida Berti, foi uma produção em conjunto com base no texto de Katy Siegel (2010) Nesse texto é discutida a relação da Arte com o dinheiro. O texto coloca que não é tão simples para que um trabalho artístico de algum artista desconhecido vire obra de arte. Para que seja considerada arte é necessário que uma instituição, seja museu ou galeria, reconheça como arte.
 Siegel (2010, p. 26) coloca que “a arte, que sempre foi objeto de investimento tanto financeiro quanto espiritual, pode, portanto, ser discutida mais abertamente em termos monetários”.
Esse texto ainda afirma que os museus estão se adequando ao mercado, pois, as obras modernas estão escassas, então, como a arte contemporânea é mais barata, e, muitas vezes são produzidas por artistas em início de carreira, estão comprando essas obras para seus acervos.
Nosso trabalho retrata essa relação entre arte e dinheiro. Na representação de um homem, colocamos no lugar da sua cabeça a imagem de um Curador, representando as instituições, um artista da atualidade e alguns já consagrados. A primeira imagem é uma mistura de pintura e colagem sobre tela, as outras imagens foram manipuladas no computador.
REFERÊNCIA:
SIEGEL, Katy;  MATTICK, Paul. Arte & Dinheiro.  Kuck, Ivan (trad.).  Rio de Janeiro:  Zahar,  2010
Artistas: Patrícia S. de Oliveira, Andréa V. Caldas, Alana A. Berti
Técnica: óleo e colagem sobre tela
Dimensões: 50 cm x 60 cm
 

 
 
Fotografia manipulada digitalmente

 

Fotografia manipulada digitalmente

Fotografia manipulada digitalmente

terça-feira, 18 de novembro de 2014

O SURREALISMO DE PATRÍCIA SILVA DE OLIVEIRA

A artista trabalha a imaginação em suas obras, baseada em um referencial teórico extenso, ela baseia sua produção no Movimento Artístico do século XX chamado "Surrealismo", que é a exaltação dos pensamentos oníricos. Surrealismo significa "além do real" mas ao mesmo tempo é um elo entre o sonho e a realidade.
Título: A Violinista.
Técnica: Óleo sobre canson
Dimensão 30 cm x 40 cm

Essa obra a Artista vai sortear no final do mês de novembro (2014) entre aqueles que curtiram a sua página no Facebook. O endereço da página da Artista é: https://www.facebook.com/sesirvadaarte.
 

Artista: Patrícia S. Oliveira, Título: Metamorfose.
 Técnica óleo sobre tela, Dimensões: 71 cm x 92 cm
 

Artista: Patrícia S. Oliveira, Título: Arte Híbrida
 Técnica: óleo e fotografia sobre tela, dimensões: 47 cm x 57 cm.