Apresentação

O presente espaço visa a divulgação, discução e difusão das produções artísticas elaboradas pelos integrantes do blogger. A facilitação do contato com o universo da Arte rompe fronteiras ao tempo que une culturas, artistas e admiradores da Arte, em suas diversas linguagens. Os conteúdos postados- produções e textos- servirão de base para uma maior fruição e reflexão sobre a Arte de um modo geral. A continuidade do fazer artístico como forma de crescimento individual e coletivo, do próprio blogger e seus visitantes.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Arte Brasileira - Arte Indígena

            Além da Arte Primitiva há que se considerar, na evolução da Arte Brasileira, a Arte Indígena, que desempenhou importante papel como construção e consolidação de uma cultura específica, e que muita contribuição deixou para os artistas estrangeiros que aqui vieram no início da colonização, como também para os artistas brasileiros, que muitas das vezes foram beber nas origens indígenas para compor suas produções.
            A Arte Indígena despontou primeiramente na arquitetura, como necessidade de abrigo além das cavernas, não tendo a preocupação com a sua decoração, mas, como diz Rubens (1941, 15)
Destacando-se na arte plumaria, em que fixou primores, fazendo do mesmo passo armas guerreiras, instrumentos sonoros e utensílios domesticos, assim como mostrou evidente inclinação para a musica, dansa e o canto.
                Destacam-se duas civilizações artísticas da Amazônia, com estilos diferentes: a Marajó (Ilha de Marajó) e a Tapajós (Ilha de Santarém), com a cerâmica da primeira descoberta em 1870, com vasto material sendo encontrado até os dias de hoje. Já a cerâmica tapajara foi conhecida em 1923, com o material encontrado ser considerado um catálogo da fauna regional, composto principalmente de pequenos vasos, divididos em dois tipos: o primeiro e uma taça que, por intermédio de três figuras femininas, repousa num suporte em forma de carretel e o segundo lembra uma lâmpada oriental com um gargalo emergindo no centro de duas asas com estilização de cabeças de pássaros ou de jacaré (MONTERADO, 1978).
            A arte dos Marajoaras abriga ainda ar urnas funerárias, com formas variadas de naveta ou galera e outras de grande terrinas retangulares, que representavam animais como o jaboti, a lhama, a anta e a tartaruga. Em sua cerâmica, constam símbolos próprios destes indígenas, em baixo e alto relevo, na gravura e na pintura. Já os Tapajós não enterravam seus mortos, o que leva a crer que sua cerâmica tinha uma utilidade imediata, prevalecendo na sua confecção uma finalidade estética, apresentando uma pronunciada evolução do desenho decorativo para a modelagem, como um processo de evolução da escultura. (MONTERADO, 1978).
            Grande parte das peças indígenas dessas duas tribos encontra-se guardada e conservada no Museu Goeldi, em Belém do Pará, e no Instituto Histórico e Geográfico do Amazonas, em Manaus.

Alana Águida Berti

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